[RESENHA]: Garoto 21



Desde "O lado bom da vida" que eu sou apaixonado por todos os livros do Matthew Quick; tanto que temos a resenha de quase todos os livros dele aqui no blog. A escrita dele é sempre impecável e sempre nos trás aquelas histórias arrebatadoras, que nos faz repensar a forma como agimos em várias situações na vida. 

Nessa história, temos como personagem principal o Finley, que vive numa cidade muito perigosa e chefiada pelo tráfico de drogas (Brazil feelings) mas que para escapar de todo esse mundo que o cerca, desde pequeno o garoto faz do basquete uma válvula de escape desse mundo tão sombrio que o cerca. Finley, boa parte por conta de seu passado, é um menino bem retraído, fala pouco, até também por uma questão de sobrevivência do lugar onde vive; e seus únicos momentos de felicidade são através do basquete e de sua namorada, que também joga basquete.

Finley joga no time de futebol de sua escola, e é vivendo sua vida normal (bom, na medida do possível), é quando sua ela começa a tomar um rumo que ele não esperava. Um dos jogadores de basquete juvenil mais talentosos do país troca Los Angeles, para morar em Bellmont e vai estudar na mesma escola de Finn. Russ é um menino de família rica, que se vê obrigado, por problemas psicológicos, a morar com os avós, após o assassinato de seus pais. O brilhante jogador de basquete juvenil acaba por acarretar certos traumas psicológicos e acha que seus pais foram abduzidos e que em breve voltaram para busca-lô. 

No meio de todo esse problema de Russ, Finley é chamado pelo diretor a ajudar o garoto a passar por esse trauma, se tornando amigo dele, para que ele possa jogar no time de basquete da escola, e assim trazer a escola novos títulos no esporte. Porém Russ se recusa a jogar basquete e está mais interessado nas estrelas, onde não perde a esperança de retorno dos seus pais. Russ se encontra muito perturbado com o que ocorreu, e acredita se chamar Garoto21 (número da camisa dele no basquete, e mesmo número que Finn). Finley é obrigado a se socializar com Russ, já que tem muito em comum com ele, e é um dos poucos garotos da escola que não está envolvido com o tráfico e é um garoto sensível o suficiente para entender o problema de Russ e criar uma amizade com o garoto, já que ele é excluído por toda a escola.

E é por aceitar essa proposta que Finn se vê num dilema, ele e Russ ocupam a mesma posição e tem o mesmo número de camisa no basquete; o que significa que a recuperação de Russ significa sua saída do time de basquete da escola, o seu sonho de vida, e Russ já se provou melhor do que ele, sendo conhecido nacionalmente um dos melhores do pais e sendo visado por vários times grandes. E agora, em meios a vários problemas, também em sua vida pessoal, Finn fica dividido em ajudar um amigo inesperado em sua recuperação, ou seguir com o grande sonho da sua vida. 

Mas uma história do Matthew Quick que nos derruba, com seus personagens sempre com essa pegada de problemas psicológicos e que são tão humanos que facilita uma aproximação com o leitor que em poucos livros eu já vi. Você se deixa entregar e acaba por sofrer os mesmos dilemas do personagem principal, nos conectando desde o começo do livro. Se você assim como eu adoro os livros dele, tem resenhado aqui no blog praticamente todos os livros dele.


Tútulo Original: Boy21
Autor: Matthew Quick 
Editora: Intrínseca
Páginas: 267 
Brochura

Paulo Henrique

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