[RESENHA]: O primeiro telefonema do céu


"É preciso começar de novo. É o que todos dizem. A vida, no entanto, não é um jogo de tabuleiro, e a perda de uma pessoa querida nunca é como "recomeçar um jogo". É, acima de tudo, "continuar sem"."

Todo final de ano eu gosto de ler livros sobre o natal; mas não o Natal brasileiro (quente), mas sim aquele natal norte americano/europeu que nos é vendidos em livros/filmes. Aquele natal que nos faz alusões a neve, biscoitos de natal, lareira e afins. Esse ano o livro não fala exatamente sobre o Natal, mas se passa durante.

Algo muito estranho começa a acontecer numa cidadizinha dos Estados Unidos chamada Coldwater. Telefonemas de pessoas que já morreram que querem se comunicar com seus parentes, a fim de relatar onde estão e como estão, para tranquilizarem seus entes e relatarem como é para onde eles foram. A primeira a receber essa ligação é Tess Rafferty, uma ligação de sua mãe, que já morreu a 4 anos. Logo outras pessoas da cidade começam a receber essas ligações, que a reação inicial é pensar que se trata de um trote de muito mal gosto, mas que conforme a conversa vai fluindo, logo eles sabem que apenas aquela pessoa especificamente saberia aquela coisa que está relatando. A intensão desses telefonemas é passar a boa-nova: o céu existe e é um lugar maravilhoso onde todas as pessoas são iguais. 

Um grupo seleto de pessoas da cidade recebem esse telefonema, a única coisa em comum entre eles é o fato de terem perdido alguém próximo e de morarem na mesma cidade. Porém, desse seleto grupo, nem todos que recebem essas ligações decidem se abrir, para não serem taxados de loucos; e nem todos que relatam os acontecimento realmente o estão recebendo; fato é que as ligações realmente estão acontecendo.

Logo a imprensa de todo país está aflita com esses relatos que ganharam toda a mídia e enchem a pequena cidade que começa a superlotar e atrais todos os holofotes do pais para o grande acontecimento. Igrejas de várias religiões se enchem de fiés em busca de ligações com o além, o que viram uma verdadeira mobilização, e os que recebem se tornam verdadeiras celebridades. 

Sully Harding, um ex-piloto que quase morreu num desastre aéreo, e perder sua mulher, se vê sem saída após seu filho esperar arduamente um telefonema de sua mãe falecida. Sully que cumpriu uma pena sobre um crime que não cometeu, tem a certeza que esses telefonemas não passam de mentiras para enganas a população e ganhar dinheiro, e fará de tudo para provar que essas pessoas estão sendo enganadas. 

Como eu disse, o livro não tem o foco no Natal, mas o ponto alto do livro, bem no plot twist*, acontece durante o Natal, onde, para um livro com uma carga dramática grande, o plot contém bastante adrenalina. O livro é bem emocionante em certas partes, pois pega na esperança e na saudade das pessoas que já faleceram, de você poder ter algum outro contato, e saber que ela está bem e em paz. O livro, por mais que cite algumas religiões, não é focado em nenhuma em especifico e bebe de elementos de mais de uma religião. O livro é bem interessante, mas o seu ápice só vai acontecer bem para o final do livro, antes a gente só vai ter mesmo o relato das pessoas e a transformação de cidade pacata de interior, para o alge da fama nacional, e na descrença do personagem principal, até uma transformação espiritual. Para quem gosta de livro nessa pegada, o autor é um dos melhores, ele tem outros livros publicados que são super elogiados, e todos seguem essa linha de romance.

Plot twist: mudança radical na direção esperada ou prevista na narrativa de um romance, filme, série de televisão, quadrinho, jogo, ou qualquer outra narrativa; a famosa "reviravolta".

Título Original: The First Phone Call From Heaven 
Autor: Mitch Albom 
Editora: Arqueiro 
Páginas: 288
Brochura


Paulo Henrique

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