Tem marcador?

                             

                                

   Desde nova Lúcia teve que aprender a lidar com o preconceito. Por ser portadora de vitiligo, aprendeu a lidar com a falta do toque das pessoas e com o olhar demorado dos outros sob a sua pele. Mas graças a sua Mamuska, Lúcia sempre lidou com tudo de cabeça erguida.

   " - Lúcia, quando você tiver qualquer dúvida sobre quanto é especial, fique pelada na frente do espelho e se olhe com muita atenção. Muita atenção, mesmo, não fique de frescura. Olhe muito bem a mulher que você é. Olhe de verdade. Até sentir vergonha. Mas não do vitiligo. Nem de estar pelada. Fique se olhando até sentir vergonha de ter pensado que não é bonita."

  Ela também sabia que ao escolher como profissão a fisioterapia, teria que conviver com inúmeros preconceitos. Já que o toque era algo natural em sua profissão, mas as pessoas ignorantes e  preconceituosas não admitiam o seu toque, o que dificultavam o seu trabalho.

    "Quando estou na cinesoterapia, vez ou outra, flagro um olhar de agonia de algum paciente quando o toco, ou mesmo quando entrego algum objeto."

  Artur é o riquinho prepotente, com síndrome de machão que só se importa com duas coisas: sua luta (taekwondo) e pegar mulher. Um tanto imaturo quando o assunto era faculdade, não tem a melhor relação do mundo com o pai, mas ia levando a vida assim.